Quarentena do Galitos
 
“Enfrentar a pandemia mantendo as aprendizagens” 
por Raquel Rua
 
Olá, hoje vou falar das minhas vivências e aprendizagens durante a fase que estamos a passar. Nesta etapa fizemos várias atividades enquanto equipa, o que deu para estarmos mais ligadas à realidade, apesar de não termos a possibilidade de jogar e treinar com as regras normais. 
 
Começando pelo início desta fase, as primeiras sensações que tive foi de frustração por fecharem aquilo que mais gosto de fazer. Tive momentos difíceis por ficar em casa fechada sem poder treinar. Os meus pensamentos não eram os melhores, mas o trabalho que fizemos em equipa, na primeira quarentena, ajudou imenso a meter a cabeça no sítio e a estar ocupada com coisas sobre o basket e não só sobre a escola. Durante este período, tivemos muita pressão da escola e muitos trabalhos, por isso, as atividades que fizemos no zoom e a atividade física, conseguiram tirar a pressão da escola e fazer-nos rir.
 
 
Quando começámos a desconfinar e pudemos sair à rua e começar a treinar, fiquei com um sorriso de orelha a orelha, apesar dos treinos terem as suas restrições. Com estas novas normas, não podemos jogar nem treinar com contacto, o que não nos impediu de ficarmos o mais possível ligadas ao basket. Para conseguirmos isso, fizemos vários exercícios e atividades, como limpar e treinar na praia, criarmos o nosso logotipo, competir sem competição e várias atividades de grupo. Com estes exercícios, tirámos várias aprendizagens para o basket, como o espírito de equipa, a autonomia, a criatividade, a entreajuda e a confiança entre nós. Mesmo estando proibidas de treinar, arranjamos sempre maneira de estarmos interligadas com a realidade. 
 

Depois de tudo abrir, continuámos a ter as nossas restrições, mas a esperança de voltar a jogar nunca desapareceu. Nas férias de natal tivemos de criar os nossos próprios treinos e ter as nossas funções, para depois “jogarmos” com as respetivas normas. Estes jogos trouxeram muitas emoções boas e muita esperança. Tivemos a oportunidade de competir, uma coisa que já me fazia bastante falta. Assim passámos umas férias sempre ligadas com o basket, percebendo as dificuldades das várias funções existentes numa equipa. 
 
Quando começámos as aulas, não deixámos de realizar o trabalho que andávamos a fazer. Tempo nunca faltou tendo uma boa organização. Como os nossos treinadores nos dizem, o basket é a coisa mais importante das coisas menos importantes, ou seja, além das outras coisas que temos mais importantes como a escola e outras prioridades, não podemos deixar de dar importância ao basket e de cumprir com as nossas obrigações. 
 

Agora, voltámos ao confinamento, e passámos 15 dias sem aulas e com muito tempo livre. Tanto tempo livre deu a volta a minha cabeça, ficando sem saber o que fazer para o aproveitar. Temos treinos com a nossa equipa para manter a forma e eu própria faço outros exercícios e vou correr para desanuviar a cabeça e ocupar o tempo. Continuamos a fazer trabalhos para estar ligadas com a nossa atividade, e estar ligadas com aquelas que ainda podem jogar, as seniores femininas. Fazemos a análise dos seus jogos, o que nos ajuda a perceber melhor o jogo. 
 
Para concluir, creio que durante a fase que estamos a passar, além de nos privar de fazermos aquilo que mais gostamos, ensina-nos mais sobre o nosso desporto, e fazemos atividades que, se calhar não conseguíamos fazer tão bem sem as restrições. Por isso, esta fase sempre nos ensina alguma coisa, mesmo não podendo fazer tudo como dantes. 
Raquel Rua
Atleta das Sub-16

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