Resumo da 2ª Fase do Campeonato Nacional


Montanha russa semanal 
Depois da derrota na Final do Campeonato Distrital a nossa confiança e dinâmica coletiva estavam colocados em causa. Defrontávamos Dragon Force, Vasco da Gama, Desportivo de Leça e SC Braga, e chegávamos aqui sem derrotas, visto que os resultados da 1ª Fase eram considerados para esta fase. 
Eramos vistos como candidatos e principalmente como o alvo a abater. Internamente tínhamos dúvidas sobre o nosso valor, e penso que fundamentalmente não sabíamos o que fazer e o que precisávamos para encarar estes próximos adversários. 
Aumentamos, e muito, a exigência e dinâmica no treino, mais rigor e mais dificuldades, para antecipar as dificuldades, a pressão defensiva e eficácia ofensiva dos próximos adversários. 
À 1ª jornada colocam-se a nu as nossas debilidades e o momento mental que atravessávamos. A derrota por 30 pontos não revela a diferença de valor, revelou sim a diferença de nível. Os nossos adversários estavam noutro patamar de trabalho e noutro estádio mental. 
Na 2ª jornada uma brutal reação e exibição frente ao campeão nacional. Uma fantástica exibição frente ao Dragon Force eleva o nosso nível anímico e a crença nas nossas capacidades. Gigantes a defender, só uma eficácia ofensiva adversária elevadíssima não nos permite a 1ª vitória. Terminamos o jogo com muito orgulho no nosso trabalho. 
A seguir vem a queda na montanha russa, uma deslocação infeliz a Leça, onde a nossa apatia se sobrepôs ao nosso Orgulho. Novamente mãos à obra durante a semana, recebemos e dominamos o SC Braga. Fomos nós novamente. 
Chegados à 2ª volta, derrota no Dragão Caixa (vendida bem cara), vitória com o Vasco da Gama e Leça, mostrava que afinal conseguimos competir. Num olhar final sobre este percurso, sobre toda a época, considerar-se-ia um fracasso a nível desportivo pois ficamos aquém do que os jogadores pretendiam. Pois ficamos. 
Mas na realidade o caminho a trilhar por um grupo jovem como este, com a margem que revela, e com as condições que este tem (pois é raríssimo termos um conjunto de jogadores talentosos, fisicamente aptos, e aqueles que não o são revelam um extraordinário trabalho diário, assiduidade e empenho), é um caminho bem diferente. É um caminho de trabalho, de dedicação, de experiencias, de avanços e recuos. Construir uma equipa para uma década, com identidade e baseada na formação de um clube é um caminho difícil mas mais enriquecedor do que uma taça ou medalha. 
O que realmente estará em causa e em análise é a educação desportiva. Termos algo maior do que nós, do que a minha estatística, do que os meus minutos de jogo, do que vencer um campeonato, são coisas redutoras e egocêntricas comparativamente com a expressão de um clube, uma camisola, uma filosofia, um ideal… 
A cultura de vitória assenta nas nossas capacidades pessoais, na crença e também na perceção que todos os dias podemos melhorar, mesmo quando perdemos… divertirmo-nos, mesmo quando perdemos… ganharmos, mesmo quando perdermos…. Para sermos desportivamente educados temos de perceber que a paixão pelo jogo não está ligada à vitória ou à derrota, mas sim na forma, no desempenho e no processo. 
Sentimentalmente foi uma montanha russa semanal, difícil e dura, mas com muitos sucessos, temos de ter é a capacidade para os identificar e aprender. 
Espero que desportivamente possamos ter aprendido e que daqui saia a equipa para 10 anos. 
Luís Araújo 

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