21ª Jornada: Galitos/AAUAv 56 – Sangalhos 62 

Exibição apagada. 
Partimos para este jogo com a necessidade de ganhar, ambicionando ainda uma possibilidade de chegar aos 2 primeiros lugares da classificação, embora isso já não dependesse unicamente dos nossos resultados. 
A equipa do Sangalhos é bastante equilibrada, composta por jogadoras exteriores agressivas e boas lançadoras e por jogadoras interiores altas, móveis e dotadas de boa capacidade técnica. 
Conhecendo as características físicas, técnicas e tácticas da equipa adversária, sabíamos que só estando a um bom nível, sobretudo nos aspetos defensivos, poderíamos conquistar um resultado positivo. 
Entrámos muito bem no jogo. Uma defesa sólida (com todas as jogadoras a executarem as suas tarefas com concentração e empenhamento) e um ataque bem organizado permitiram-nos controlar o jogo e manter a vantagem no marcador na 1ª metade do período. A partir deste momento baixámos a qualidade defensiva, a equipa adversária tornou-se mais ofensiva e passou para a frente do marcador. 
O 2º período foi equilibrado e com baixa pontuação. Dos 20 pontos marcados pelas 2 equipas, 15 resultaram de lançamentos triplos o que, de certa forma, reflete alguma permissividade defensiva. Nos 3º e 4º períodos a toada do jogo manteve-se e o Sangalhos não voltou a largar a liderança do marcador. 
A meio do 4º período, com 9 pontos de desvantagem, procurámos aumentar a pressão defensiva e conseguimos reduzir a diferença para 4 pontos. No entanto, na parte final deixámos de jogar coletivamente e insistimos demasiado em ações individuais que não foram bem sucedidas. Os erros acumulavam-se e não conseguimos inverter a marcha do marcador. Estivemos aquém daquilo que somos capazes. 
Relativamente aos aspectos estatísticos, há 2 que saltam à vista: uma fraca eficácia nos lançamentos, sobretudo na linha de lances livres (50%); e 9 lançamentos triplo sofridos, quase sempre em resultado de uma defesa muito permissiva às penetrações em drible (que depois resultam em assistências para fora quando somos obrigados a recorrer a ajudas defensivas) e na facilidade com que permitimos que a equipa adversária mude o lado da bola (por falta de pressão na bola e nas linhas de 1º passe). 
Com este resultado hipotecámos todas as hipóteses de ainda ser possível alcançar um lugar de acesso à fase seguinte. 
Apesar disso, temos de manter uma atitude competitiva para vencer a derradeira jornada que pode decidir quem vai ocupar o 3º lugar na tabela classificativa. Este resultado (como outros, ao longo da época) vem comprovar a veracidade do velho ditado: o ataque ganha jogos, mas a defesa ganha campeonatos. 
Ironicamente somos a equipa com o melhor ataque, mas isso, como se demonstrou, chegou para ganhar jogos mas não foi o suficiente para ir mais longe. 
A defesa é uma questão fundamental e muito difícil de trabalhar porque parte da vontade individual para defender bem. É, em grande medida, uma questão de mentalidade, de objetivos pessoais e de rotinas de treino. As tarefas defensivas durante as sessões de treino são quase sempre encaradas pelas jogadoras de uma forma superficial (por vezes negligente), recorrendo sistematicamente a uma atitude de autoprotecção e de recurso ao menor esforço que rapidamente se alastra a toda a equipa. Esta forma de treinar compromete não só a evolução defensiva, mas também a melhoria da técnica individual ofensiva, em resultado da ausência de oposição efetiva e credível. 
Quando as jogadoras não defendem no limite durante o trabalho semanal, dificilmente o conseguirão fazer durante a competição. E a prova está à vista. 
Lamentavelmente, a falta de ambição e a resistência que as atletas muitas vezes levantam às indicações, conselhos e alertas dos treinadores impedem que haja melhorias a este nível. 
Mais uma vez fica a questão: se a defender tão mal conseguimos estar até à penúltima jornada na luta pela fase seguinte, o que poderíamos fazer com uma defesa melhor? 
Hugo Fernandes 
Parciais: 18-21; 10-10; 16-17; 12-14
Marcha: 18-21; 28-31; 44-48; 56-62 

Galitos: Catarina Martins (19), Rita Andrade (4), Inês Afonso (4), Sara Pinto, Maria Cristo (13), Raquel Gonçalves (4), Cláudia Conceição (2), Raquel Soares (9), Joana Reis e Mariana Oliveira (1).

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