Resumo da Fase Final 
do Campeonato Distrital


Mostramos em campo toda a garra e trabalho de muitos meses. 
O apuramento para esta fase final foi mais um passo para a consolidação do basquetebol feminino no clube e que deverá servir, por um lado para cimentar futuramente no escalão acima uma posição de destaque em Aveiro e por outro lado no escalão abaixo, um motivo de ambição em conseguir atingir estes pontos altos. 
Este grupo trazia esta ambição desde Julho e o peso da experiência da época anterior teve de ser desmontado e partindo para objetivos intermédios que nos levassem passo-a-passo, a outro tipo de ambições. 
Para esta fase final decidimos criar objetivos motivacionais por etapas e que seriam sempre atribuídos por nós e nunca pelos outros e não teriam de ser obrigatoriamente os mesmos das outras equipas presentes, pois cada um tem o conhecimento do seu grupo. 
O nosso principal objetivo passava por algo que pudesse ser atingido e que o grupo sentisse que com esforço e trabalho o poderia alcançar e que passava por conseguir o apuramento para a Taça Nacional, tudo o que viesse para além disso estaria dependente do desempenho diário na fase final e definidos jogo a jogo. 
Iniciámos com a equipa que já nos tinha derrotado 4 vezes este ano, o Illiabum. Do jogo de Outubro, com derrota por 30 pontos até hoje passaram 4 meses e sempre foi passada a mensagem ao longo do tempo que a altura que a equipa tinha de estar preparada para vencer era esta. Provavelmente até não ganharíamos na próxima vez, mas o importante era estar preparada no dia que interessava. Muita garra, determinação, serenidade, eficácia, no talvez melhor jogo desta fase final, com um 65-62 no final. 
Após esta vitória, a nossa situação ficaria mais desanuviada para o nosso objetivo. No entanto a incógnita seria como iria a equipa reagir fisicamente no dia seguinte após chegada de madrugada a Aveiro e com alguns problemas físicos em atletas que necessitariam de mais repouso após um jogo intenso e ao mesmo tempo gerir mentalmente um excesso de euforia natural. 
No 2º dia, após a 2ª derrota do Illiabum agora com a Sanjoanense, o cenário seria o apuramento para o Campeonato Nacional e presença certa na final se vencesse a Ovarense e em caso de derrota, estarmos dependentes do 1º jogo de domingo. 
Todos os receios confirmaram-se contra uma voluntariosa equipa da Ovarense que soube aproveitar o nosso défice físico vencendo por 6 pontos de diferença, 41-47. 
Para o último dia não estabelecemos objetivos sem antes saber como ficaria o Ovarense-Illiabum, que iria determinar qual a nossa posição em que já só seria possível o 1º, 3º ou 4º lugar, sendo que o cenário ideal seria a vitória do Illiabum por 10 pontos para fugir ao 4º e foi mesmo isso que aconteceria. 
No 3º dia, após a vitória por 10 do Illiabum a equipa ficou logo a conhecer o que poderia acontecer: derrota daria Taça Nacional, portanto o tal objetivo definido que criou um sentimento de dever cumprido ou em casa de vitória o título, e a alegria de sermos nós a jogarmos essa final e só nós a pudemos jogar para esse lugar. 
A equipa desinibiu-se e mostrou durante 35 minutos a capacidade para lutar por ser campeã apesar de todas as limitações de vária ordem. A derrota por 41-44, mostra que esta geração foi uma digna sucessora da anterior e numa final igual a 2011/12 com a Sanjoanense, da mesma forma que esta poderia ter ganho nessa altura, este ano esse papel foi nosso. 
O sentimento de frustração foi somente pelo diferencial e pela exibição que fizemos, mas antes este sentimento, do que ir á “festa” e não participar “nela”. 
Parabéns, à Sanjoanense pelo título pois foram a equipa mais regular e que convenceu mais pelos seus resultados desde o início do campeonato em Novembro, confirmando a sua superioridade nos recursos que detém e pelo excelente ambiente de fair-play. 
Às outras equipas pelo empenho demonstrado em campo e dignificando a competição. 
Obrigado ao clube desde o presidente António Granjeia pelas suas palavras ao presidente Pedro Seabra, Tó, Limas pelo apoio a não deixarem que nada faltasse à equipa. 
À Isabel pelo seu trabalho e sofrimento na “sombra”, à Fisiomanual e em especial ao Baltazar que foi quase o nosso 13º jogador e restante staff que tratou as nossas meninas nos últimos tempos e que permitiu este desempenho. 
Aos restantes treinadores pela troca de ideias sempre uteis (Guerreiro, Hugo, Tatiana, …) 
Um obrigado especial ao nosso coordenador João Cura, pelo apoio e mais uma “aula prática” em fases finais e que sofreu a bem sofrer estes 3 dias no banco. 
Aos pais que tiveram um comportamento exemplar e com essa ajuda sempre importante acabaram por ajudar as filhas a terem a tranquilidade necessária para jogar num nível alto. 
Ao Rui Labrincha e à Carla Reis pelos motivos óbvios. 
Às nossas “meninas” por terem cumprido e acreditado no nosso lema: “UMA EQUIPA, UM OBJECTIVO, UM COMPROMISSO” 
Segue-se agora a nova competição: Taça Nacional, sempre com a vontade de levar o nome Galitos e Aveiro o mais longe possível e esse sabe-se lá onde será com estas 14 miúdas… 
Hélder Silva 

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