Sem vontade… não se ganham jogos
As deslocações ao reduto do Vasco da Gama são sempre de elevado grau de dificuldade independentemente do escalão ou do ano, mas mais uma vez os alertas dados não foram suficientes para encararmos a partida com a determinação devida.
Nos 10 minutos iniciais ainda conseguimos manter algum equilíbrio e até estar em vantagem no marcador ao sermos nós a impor o ritmo de jogo do nosso interesse, não permitindo que o adversário usasse as suas “armas” habituais de transições rápidas porque as nossas opções no ataque foram ponderadas e de eficácia positiva.
A partir daí foi o “descalabro”.
Nos 2 períodos seguintes fizemos tudo o que não devíamos. Soluções ofensivas despropositadas com finalizações em áreas afastadas do cesto e ao fim de pouco tempo de ataque só podiam não ter sucesso, sendo que o “desfecho” foi a concretização de apenas 8 pontos no 2º período e 7 no 3º!
Nestes 20 minutos nem a pausa para o intervalo nos deu alento para reagirmos. A apatia esteve presente em todas as nossas ações, principalmente no aspeto defensivo onde “assistíamos” a contínuas penetrações dos jogadores adversários, algumas delas caricatas de situações de “costa a costa”, aliadas a ausência de bloqueio defensivo a permitirem várias situações de segundos lançamentos ao Vasco da Gama.
Em desvantagem acentuada no começo do último período (32-51) ainda esboçamos uma ténue reação. Um maior empenho defensivo corrigiu erros anteriores permitindo fazer um parcial de 9-0 (43-53), que nos devia ter dado motivação para acreditar que ainda era possível virar o resultado com o tempo que ainda faltava jogar, mas tal não sucedeu. Repetimos alguns momentos de “loucura” anterior (0-10) e a 2 minutos do final a diferença estava recolocada (43-61), sem que os 7 pontos consecutivos concretizados colocassem em causa o desfecho final.
Nesta partida sabíamos que estava em disputa o 2º lugar da prova à beira do final da 1ª volta mas ao contrário do que seria desejado, o nosso comportamento em campo não demonstrou a motivação necessária que justificasse o bom desempenho realizado até esta altura.
Os dados da estatística refletem tudo, isto é nada do que fizemos em campo, pelo que com 23 turnovers, 1 triplo convertido em 9 tentativas e 43% em lances livres é impossível ganhar jogos!
Estamos convictos de que se tratou apenas dum percalço e que de seguida vamos voltar a colocar nas nossas prestações a vontade e intensidade que vínhamos demonstrando até agora.
Jorge Dias
Parciais: 16-17; 17-08; 18-07; 10-18
Marcha: 16-17; 33-25; 51-32; 61-50
Galitos: Pedro Seabra (3), João Casa Nova (4), João Silva (13), Matthew Moreira (4), Gonçalo Catarino, Hugo Carvalho (5), Bruno Santos (4), Élio Maia (9), Luís Oliveira (6), Pedro Santos, Francisco Gonzalez e Bolon Sauané (2).
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