Boa vitória num campo difícil
Esta foi a 2ª vez que defrontámos a equipa da Maia num curto espaço de tempo. Na 1ª ocasião, na disputa pela passagem da 1ª eliminatória da Taça de Portugal, acabámos por perder o encontro por 7 pontos de diferença.
Conhecedores da forma de jogar e dos pontos fortes da equipa da Maia, sabíamos que nos esperava um jogo com elevado grau de dificuldade.
Entrámos bem, defendendo com inteligência e intensidade e saindo rápido para o ataque. Após um primeiro ascendente, baixámos a nossa intensidade defensiva na bola e permitimos que a equipa adversária atacasse com menos oposição o que nos custou um parcial de 00-10 na 2ª metade do período.
Na entrada do 2º período concedemos um lançamento triplo que levou a equipa da casa para uma vantagem de 6 pontos. No entanto, soubemos reagir bem e recuperar no marcador. Nos últimos segundos, tivemos uma posse de bola que nos permitiria acabar o período sem permitir à equipa adversária a possibilidade de ter tempo para atacar, mas um erro na transição resultou na perda da posse de bola e num ataque oferecido ao adversário. Este período caracterizou-se por um grande equilíbrio entre as 2 equipas e pelo facto das defesas se superiorizarem aos ataques.
Durante o intervalo procurámos transmitir à equipa as correcções e a forma de jogar que nos poderia permitir controlar o jogo: (1) maior pressão na bola; (2) defesa mais eficaz dos cortes para a bola; (3) acertar com a comunicação defensiva nos bloqueios e (4) sermos mais rápidos, determinados e esclarecidos nas acções ofensivas.
A equipa assumiu estas tarefas e conseguimos contrariar quase todos os pontos fortes da equipa da Maia durante o 3º período, chegando ao último quarto com uma vantagem de 4 pontos.
Os primeiros minutos do 4º período foram bem jogados e conseguimos mesmo chegar a uma vantagem de 6 pontos. A equipa da casa reagiu, com um parcial de 00-07 e voltou a reequilibrar o marcador.
Nos últimos minutos da partida, após estarmos na frente por 1 ponto (51-50) tudo dependeu dos detalhes. Todos os pontos que marcámos a partir deste momento resultaram de conversões da linha de lances livres. Nos últimos segundos do encontro, após recuperarmos uma posse de bola, soubemos aproveitar bem a colocação no campo e trocar bem a bola evitando que a equipa da casa conseguisse parar o jogo com recurso à falta.
No final, apesar do equilíbrio verificado, trabalhámos bem para merecermos esta importante vitória.
Este foi um jogo bem disputado, com muita intensidade e com grande capacidade de luta. A equipa soube estar à altura nos momentos cruciais, quer do ponto de vista físico, quer táctico. Ficou mais uma vez demonstrado que não há receitas mágicas para conseguirmos vencer jogos: o sucesso consegue-se com uma defesa inteligente e agressiva e com um ataque ambicioso e determinado.
Há que trabalhar de forma séria para podermos realizar com qualidade as tarefas que são da nossa responsabilidade.
Hugo Fernandes
Parciais: 14-11; 12-13; 11-17; 17-16Marcha: 14-11; 26-24; 37-41; 54-57
Galitos: Mariana Pinto (2); Rita Andrade (2); Inês Afonso; Sara Pinto; Maria Cristo (7); Raquel Gonçalves (8); Mariana Oliveira (6); Raquel Soares (14); Joana Reis; Cláudia Conceição (2) e Sara Morais (16).
Sem comentários:
Enviar um comentário