9ª Jornada: Sangalhos 71 – Galitos/FISIOmanual 67

Torcer…Torcer, até Partir…
Deslocámo-nos a Sangalhos numa solarenga tarde de Primavera para discutir o vencedor da Taça Distrital. É verdade que não é nenhum troféu de relevo mas seria o possível e como procurámos ser competitivos ao longo de todo o campeonato independentemente das diferentes fases e equipas que defrontávamos, aqui não seria diferente.
Uma 1ª parte toda ela de grande nível para as 2 equipas, muita intensidade posta em campo, velocidade, agressividade ofensiva e defensiva e inspiração na hora de atirar ao cesto fez com que principalmente o 1º período tenha sido claramente o melhor que fizemos durante toda a época. Tendo em conta a realidade e as limitações existentes pode-se dizer que roçou a perfeição daquilo que se pretende.
Mantivemos sempre uma qualidade elevada e um grande ritmo que nos permitiu concretizar vários contra-ataques. Tivemos também o mérito de circular a bola em ataque fazendo com que todos tivessem uma participação ativa no jogo, procurando o jogador melhor posicionado na hora de lançar ao cesto. Esta boa leitura ajudou-nos a concretizar 3 triplos no 1º período e mais 3 no 2º quarto.
Na defesa a nossa principal debilidade foi o ressalto defensivo, consentimos ao adversário muitos segundos e por vezes terceiros lançamentos, aliás situação que aconteceu ao longo de todo o jogo e terá sido mesma a razão pela qual não conseguimos levar de vencida esta equipa do Sangalhos. O adversário apresentou outras soluções tendo atuado com alguns atletas da equipa A que nunca haviam jogado por esta equipa. Além de estarmos já à partida desfalcados de um atleta interior influente, tivemos outro muito cedo carregado com faltas o que acabou por retirá-lo da partida. Tendo estas condicionantes em consideração, a atitude foi muito boa apesar de claramente inglória e desequilibrada em muitas ocasiões do jogo.
O 1º período terminou com 2 pontos à maior para o Sangalhos (24-22) e no 2º empatámos a 19 pontos, fomos para o intervalo a perder por 2 (43-41).
O descanso não foi bom conselheiro para nenhuma das equipas, o 3º quarto foi de longe o mais fraco e mau jogado do encontro. Estava muito calor e como sabemos nestes dias o pavilhão do Sangalhos não ajuda nada. A lucidez não foi a mesma da 1ª parte, a circulação da bola foi muito menor, deixámos de ser coletivos e começámos a tentar resolver os problemas da equipa sozinhos e como já por várias vezes tivemos a oportunidade de constatar, não dá resultado. Neste quarto só marcámos 7 pontos!!! e todos pelo mesmo atleta!!!, muito abaixo daquilo que estávamos a fazer minutos antes, valeu que mantivemos a agressividade defensiva. O Sangalhos também não conseguiu fazer muito melhor, perdemos este 3º período por 4 pontos e entrámos no 4º e decisivo a perder por 6 pontos.
Iniciámos como havíamos terminado o que permitiu ao Sangalhos nos primeiros minutos aproveitar e distanciar-se no marcador abrindo a diferença para a casa das dezenas. Quando tudo parecia decidido e depois de tentarmos ao longo desta 2ª parte várias alternâncias táticas, tanto nas apostas ofensivas, como nas soluções defensivas e troca de jogadores, uma pressão estendida por todo o campo, é verdade que mais com o coração do que com a cabeça, começou a resultar. O Sangalhos tremeu, os nossos atletas foram enormes, mesmo com uma equipa incomparavelmente inferior em termos físicos e totalmente desgastados pela luta desigual que travaram ao longo de todo o jogo, nunca desistiram e lutaram até ao fim, juntos, como a verdadeira equipa que conseguimos acabar por ser.
Não foi suficiente, embora ainda tenhamos tido 2 ataques no fim para empatar e para passar para a frente, mas não conseguimos, no entanto vendemos a derrota bem cara, mérito para o Sangalhos, ganhou bem e mereceu. No entanto, parece-nos que isso no final da época foi o que menos importou, conseguimos coisas bem maiores, acabámos a época a mostrar que não é fácil de nos “partir” é preciso torcer…torcer…
Marcelo Azevedo / João Madureira
Parciais: 24-22; 19-19; 11-07; 17-19
Marcha: 24-22; 43-41; 54-48; 71-67

Galitos: Hugo Verde (18), Tomás Tavares, João Tavares (8), Emanuel Silva (17), Pedro Marçal (2), Miguel Sousa (3), João Paulo (5), Francisco Mata (4), Carlos Rafael e João Sérgio (10)

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