17ª Jornada: ACERT Tondela 44 – Galitos/AAUAv 50

4º Período surreal
Após mais uma semana de trabalho muito limitada pela ausência de várias jogadoras, visitámos a equipa da ACERT no municipal de Tondela. Esta equipa cria sempre muitas dificuldades às equipas visitantes e, tendo em conta este pressuposto, encarámos o jogo de uma forma muito séria e alertados para os obstáculos que iríamos encontrar.
Tal como tinha acontecido no jogo da 1ª volta, a 1ª parte pautou-se pelo equilíbrio, com as defesas a superiorizarem-se aos ataques e com poucos pontos marcados. Nesta fase do jogo, a equipa da casa tirou algum partido da nossa ineficácia para parar a sua jogadora mais alta que tirava consecutivamente vantagem em áreas próximas do cesto.
Aproveitámos o intervalo para corrigir alguns aspetos no nosso jogo e alterar a nossa forma de defender. As mudanças introduzidas tiveram o efeito pretendido e dominámos completamente o 3º período, chegando a ter 14 pontos de vantagem. É nesta fase que a história do jogo muda radicalmente.
Num jogo disputado dentro da total normalidade, quer do ponto de vista dos contactos quer na perspectiva disciplinar, somos surpreendidos com a marcação 3 faltas técnicas e 3 faltas anti-desportivas às nossas jogadoras! Este facto não deixa de ser estranho porque não conseguimos perceber os critérios seguidos pela dupla de juízes (em particular por um deles) uma vez que não vimos qualquer motivo para estas sanções. Para além disso, foi a equipa da ACERT que se viu forçada a recorrer a um jogo mais físico por ter de correr atrás do resultado. Estas faltas foram absolutamente surreais porque não vislumbrámos qualquer fundamento para a sua aplicação. Para que se possa ter uma ténue imagem do que se passou no 4º período do jogo, podemos descrever sucintamente as situações que levaram a 2 das faltas anti-desportivas: uma delas foi averbada a um roubo de bola no meio-campo defensivo da equipa da casa quando esta, após 11 segundos de ataque, ainda não tinha passado a linha do meio-campo; outra foi assinalada num desvio da bola para fora junto à nossa linha final pelo árbitro que se encontrava no meio-campo com a jogadora da equipa da casa de costas para ele e a tapar-lhe a visão, quando o árbitro na linha final se preparava para assinalar bola fora.
Os jogos devem ser disputados, discutidos e decididos pelos intervenientes principais: as jogadoras. Quando tal não acontece, estamos obviamente na presença de situações desviantes que devem ser evitadas ou corrigidas. À boa maneira Portuguesa, temos alguma dificuldade para expor e discutir questões que achamos não estarem corretas. Queixamo-nos sempre à “boca-pequena”, mas há uma certa inércia social e de mentalidade que nos bloqueia na hora de apresentarmos a nossa discordância e essa forma de estar não só não resolve o que está errado mas também permite a sua continuação ad eternum. Por essa razão não podemos deixar de demonstrar o nosso desagrado pela forma como o jogo foi abordado pela equipa de juízes e de desejar que estas situações não se repitam, sob pena de estarmos a hipotecar a evolução da modalidade e a brincar com o trabalho e a dedicação das jogadoras, que tantas (tantas!) vezes sacrificam a vida pessoal em prol dos objetivos da equipa.
Parabéns às jogadoras que foram exemplares na forma como conseguiram manter-se imperturbáveis e serenas e levar de vencida esta equipa da ACERT. Não é fácil jogar nestas condições, mas estes jogos também servem para nos tornarmos mais fortes.
Hugo Fernandes
Parciais: 12-11; 09-10; 06-17; 17-12
Marcha: 12-11; 21-21; 27-38; 44-50

Galitos: Manuela Oliveira (4); Tânia Santos (8); Daniela Ramos (2); Inês Afonso (6); Sara Pinto (2); Rita Pires; Raquel Soares (8); Joana Reis; Ana Sami e Sara Morais (20).

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