Entrevista do Galináceo João Padilha
ao Jornal Diário de Aveiro
Participou, recentemente, no Campeonato da Europa Sub/16. Foi a sua estreia em Europeus. Como é que descreve a experiência vivida?
Para começar digo já que foi a melhor experiência basquetebolista que já pude viver até agora na minha “carreira”. Jogar a um ritmo completamente diferente do que aquele que estou habituado, ter muito mais oposição, jogar com os melhores da Europa e claro, poder criar novas amizades.
Vai querer repetir essa experiência no futuro?
Sim, claro! É sem dúvida um dos meus objetivos no basquetebol. Continuo agora a trabalhar no clube para poder ser chamado daqui a dois anos para o Europeu Sub/18 e voltar a repetir uma experiência fantástica de jogar com os melhores da Europa!
Que balanço, colectivo e individual, faz da prova?
Em termo colectivo, o 9º lugar foi das melhores posições conseguidas nestes últimos anos. Mesmo no ano em que Portugal conseguiu subir à divisão A, não teve o feito de alcançar 7 Vitórias e 2 Derrotas como esta geração. Em termos individuais, não foi muito o tempo que joguei, mas o pouco que joguei foi sempre bom, pois em cada segundo estive sempre a aprender algo e contribui, quer na defesa, quer no ataque para a equipa.
O nono lugar colectivo “soube” a pouco? Porquê?
O objetivo inicial proposto mesmo antes da partida para a Macedónia e que já tinha sido dito, era ficar entre os 8 primeiros. No fim do 3º jogo sabíamos que já era impossível, portanto o melhor a conseguir era o 9º lugar. De certa forma, sim “soube” a pouco porque o 1º objetivo não fora conseguido mas foi bom, pois ficámos na 1ª metade da tabela e atingimos um dos melhores lugares que Portugal já conseguira.
As boas exibições ao longo da época valeram-lhe a chamada ao Europeu, mesmo não integrando o Centro de Treinos, ao contrário que quase todos os outros atletas. Quando soube que estava convocado o que é que sentiu? Que trabalhar vale a pena?
Senti que o trabalho ao longo de 2 anos (a partir de sub-14) tinha sido recompensado pois estava nos 24 chamados para o Europeu. Depois vieram os estágios para onde foram apenas 14 e de onde sairiam os 12 que iriam ao Europeu. Trabalhar vale sempre a pena, pois no fim é-se recompensado; ou mesmo que não consigamos que seja atingido o objetivo, ficamos de consciência tranquila sabendo que démos o máximo. Deixo só aqui esta frase: O único sítio onde Sucesso vem antes de Trabalho é no dicionário!
Quais são as suas características que acha que lhe garantiram a convocatória. Ou seja, como é que se define como jogador?
Julgo que tenha sido convocado, por ser um jogador relativamente alto e que faz bem as posições 2 e 3, podendo em caso de necessidade da equipa, jogar também a 1.
Que aspectos tenciona melhorar, a curto prazo, no seu jogo?
Com base no que vi lá fora, tenho de melhorar muito, mas sobretudo o meu lançamento, as minhas decisões têm de ser mais rápidas, melhorar também a minha visão de jogo. Acredito agora como nunca acreditei antes na defesa e esse é o ponto que eu mais quero melhorar neste momento, pois a nossa equipa foi a melhor defesa do Campeonato e isso facilita um pouco o jogo no ataque.
Que objectivos tem a curto/médio prazo na modalidade?
Agora tenho como objetivo ser chamado às seleções nacionais quer de sub18 quer de sub20, quero ganhar mais títulos distritais e este ano quero ir com a minha equipa à Fase Final Nacional e conquistar esse Título pois sei que temos equipa para o disputar e para o ganhar!
Perfil
Nome: João Tiago Semedo Padilha Idade: 16 anos
Altura: 190cm Posição: Base/Extremo Anos de prática: 10
Principais resultados colectivos:
Campeão Distrital ( Sub-14 e Sub-16)
Vice-Campeão Distrital (Sub-16)
3º Lugar nas Festas de Portimão em Sub-16
3º Lugar na Fase Final Nacional em Sub16.
Jogadores referência: Michael Jordan
Outros desportos: Ténis e futebol.
Passatempos: Computador, playstation e ler.
in Diário de Aveiro
Labels: Entrevista, Selecções, Sub-16 Masc. A
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