Quase a repetir-se a história da 1ª volta… quase.
Na recepção ao líder da série antevíamos bastantes dificuldades e sabíamos que a equipa do Esgueira ambicionava a vitória para poder encarar as últimas jornadas com maior tranquilidade.
A nossa equipa estava motivada para limpar a imagem deixada no jogo disputado em Esgueira na 1ª volta e para mostrar que as últimas vitórias não foram mero acaso, mas sim fruto do bom trabalho desenvolvido pela equipa nas últimas semanas.
O jogo começou com algum equilíbrio embora desde cedo se começasse a desenhar o cenário da 1ª volta: um esgueira mais esclarecido e a atacar o cesto com maior determinação, causando muitos problemas na defesa e obrigando a fazer muitas faltas.
No 2º período fomos muito permeáveis defensivamente e piorámos a qualidade ofensiva, concretizando apenas 6 pontos. Ao intervalo era evidente a diferença entre as 2 equipas: cometemos 12 faltas pessoais enquanto o Esgueira apenas 3; fizemos 4 lances livres (0/4!) enquanto a equipa visitante conseguiu 19 (15/19) e perdemos claramente a luta nas tabelas. A diferença entre os desempenhos das 2 equipas justificava a vantagem com que o Esgueira terminava a 1ª parte.
O intervalo foi importante para repor a concentração e tranquilidade perdidas durante o 2º período. A equipa regressou ao jogo decidida a melhorar a atitude defensiva e a recuperar no resultado. As alterações defensivas começaram a fazer efeito e a equipa adversária sentiu maior dificuldade em tirar partido dos seus pontos fortes. Nós, pelo contrário, conseguimos maior serenidade no ataque e explorámos bem as opções acabando com bons lançamentos. A aproximação no marcador deixou a equipa do Esgueira algo nervosa. A boa prestação defensiva no último período permitiu-nos anular o ataque das visitantes e sair para várias situações de contra-ataque obrigando o Esgueira a recorrer sistematicamente à falta (cometeu mais faltas no 4ª período do que nos 3 primeiros). A boa gestão das posses de bola e a melhoria da eficácia na linha de lance livre permitiu-nos garantir a vantagem até ao final do encontro.
Este jogo teve 2 partes bastante distintas: a 1ª parte com uma defesa apática e débil, pouca agressividade na defesa da nossa tabela e pouco esclarecimento no ataque; e uma 2ª parte com atitude defensiva, luta por todas as posses de bola, transições rápidas e jogo colectivo. Esta breve análise permite-nos concluir qual é a forma correcta de estar em campo.
Mais uma vez foram as jogadoras a demonstrar o que é preciso para conseguir a vitória: lutar, defender, jogar colectivamente. Todos precisamos saber qual o nosso papel e a nossa contribuição dentro do grupo. E todos temos funções importantes e determinantes para conseguirmos atingir os nossos objectivos. É aí que está grande parte do segredo para o sucesso de uma equipa.
É uma satisfação ver as bancadas bem compostas por adeptos de ambas as equipas, contribuindo para criar um excelente ambiente para o jogo. Uma palavra de agradecimento a todos os adeptos do Galitos pelo apoio que deram à equipa sendo uma ajuda preciosa para a motivação das jogadoras.
Hugo Fernandes
Parciais: 14-18, 06-15, 16-09, 17-07Marcha: 14-18, 20-33, 36-42, 53-49
Galitos: Manuela Oliveira, Joana Capela, Catarina Martins (4), Daniela Ramos (18), Inês Afonso, Catarina Monteiro (5), Vânia Costa (7), Maria Cristo, Andreia Migueis (12), Diana Marques, Sara Morais (7) e Rita Pires.
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