Taça de Portugal
2ª Eliminatória: Galitos, 49 - CAD, 63
Voltámos a claudicar nos últimos minutos
Estes jogos para a Taça de Portugal são disputados no sistema de eliminatórias e, portanto, não admitem margem para errar. Assim, só a vitória interessava para podermos continuar em prova.
Pela frente tínhamos um adversário difícil, que tem como ponto forte o seu jogo interior. Conhecendo o adversário, sabíamos que precisávamos estar muito bem defensivamente para contrariar as diferenças de altura e peso que iríamos encontrar, sobretudo nas zonas mais próximas do cesto. As nossas jogadoras sabiam que tinham de estar focadas numa boa defesa da jogadora com bola, nas ajudas/rotações defensivas e no bloqueio defensivo para podermos ter o domínio da nossa tabela.
A equipa esteve muito bem na 1ª parte, em particular no 2º período. A defesa agressiva na bola condicionou de alguma forma o ataque do CAD, impedindo a sua organização ofensiva no nosso meio campo e limitando o seu forte jogo interior. Nesta fase do jogo estivemos bem nas ajudas e rotações defensivas, criando algumas dificuldades aos movimentos de 1x1 a partir do poste baixo. Também o ataque, assente em transições rápidas, teve nota muito positiva.
Durante a 1ª parte fomos capazes de tirar partido da intensidade de jogo e de decidir bem entre atacar imediatamente o cesto ou explorar o 5x5 de forma a procurar a vantagem e selecionar bons lançamentos.
Até cerca de metade do 3º período fomos uma equipa com personalidade, conseguimos controlar quase todos os aspetos e a marcha do marcador. A partir do minuto 27 deixámos de pensar o jogo, baixámos a intensidade e cometemos inúmeros erros defensivos e ofensivos. Uma defesa passiva permitiu ao CAD marcar vários pontos fáceis, muitos deles após ressalto ofensivo. No ataque, deixámos de conseguir transições rápidas e situações de vantagem numérica e jogámos sistematicamente 5x5 em meio campo, com clara vantagem para a defesa da equipa visitante. Nesta fase não conseguimos explorar as soluções do ataque para encontrar o melhor lançamento e estivemos 4 minutos (!) sem marcar pontos, permitindo ao CAD passar para a frente no marcador. A partir deste momento a equipa adversária motivou-se e não abandonou mais a liderança no marcador.
Tal como aconteceu no último jogo para o campeonato, não conseguimos dominar a nossa tabela: 36 ressaltos conquistados contra 54 do CAD (16 deles ofensivos!), e sofremos 32 pontos em áreas próximas do cesto. No ataque, não explorámos as opções ofensivas de forma a procurar as vantagens e conseguir uma boa seleção de lançamentos e acabámos por ser pouco eficazes: a equipa do CAD fez 48% em lançamentos de campo e nós apenas metade (24%)!
A equipa esteve bem durante praticamente 30 minutos, mas precisa ser mais consistente e coerente na sua forma de jogar para conseguir uma qualidade elevada durante todo o jogo. Não fomos capazes de dominar durante os 40 minutos e, quando a equipa adversária começou a crescer, não mostrámos capacidade para ajustar o nosso jogo às alterações introduzidas pelo CAD. Apesar de não baixarmos os braços, não conseguimos reagir de forma eficaz às adversidades, nem colocar em campo as soluções para os problemas que o CAD nos colocou no 4º período.
A equipa tem condições para mostrar mais qualidade quando for capaz de controlar as ações perto da nossa tabela (defesa dos jogadores interiores e ressalto defensivo), colocar mais pressão na bola e melhorar a eficácia de lançamento.
Hugo Fernandes e Sofia Pinho e Melo
Parciais: 12-12; 20-14; 10-19; 07-18
Marcha: 12-12; 32-26; 42-45; 49-63
Galitos: Margarida Cura, Mónica Ré, Mariana Oliveira, Inês Afonso, Linda Nunes, Joana Silva, Joana Fernandes, Rafaela Oliveira, Raquel Gonçalves, Ana Santos e Rita Rodrigues.
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