Uma possibilidade em aberto, uma aprendizagem a reter, uma necessidade de nos superarmos…
Iniciamos a 2ª fase do Campeonato Nacional com uma visita ao sempre difícil Parque das Camélias. Defrontávamos o Vasco da Gama com um histórico muito favorável a seu favor e o Galitos em “adaptação” a esta nova realidade e depois da derrota na Fase Final Distrital.
Sermos coesos, assentarmos o nosso jogo na defesa, contrariar os pontos fortes do adversário e dar oportunidades a toda a equipa eram as linhas traçadas para este jogo.
Uma entrada concentrada permitiu-nos um equilíbrio inicial, estávamos enérgicos e tínhamos boas iniciativas. Mantivemos o adversário próximo até aos 12-09, e a partir dai a falta de energia na defesa permitindo tiros fáceis ao adversário, somando a lançamentos mal preparados no ataque dávamos finalizações em contra-ataque que o adversário aproveitava.
Reagimos no 2º período, subimos a defesa, voltamos ao jogo coletivo e começamos a usar mais as penetrações. Com o resultado em 17 pontos de diferença, uma falta no ressalto após um lançamento falhado dá 2 lances livres e um turn-over na reposição com poucos segundos para jogar permite um triplo sobre a buzina para o adversário, perdíamos por 22 pontos ao intervalo. Diferença pesada.
Entramos a reagir vindos do intervalo, ainda mais ativos na defesa conseguimos regressar aos 15 pontos de diferença, todos estavam a trazer coisas boas. No entanto cada erro nosso invariavelmente permitia a um adversário com excelentes percentagens mais uma finalização e distanciava-se.
No 4º período já desgastados, mais mentalmente do que fisicamente, deixamos de cumprir o estabelecido, já passávamos por trás nos bloqueios diretos, deixamos de penetrar e jogar o 1x1 e não olhávamos para o interior, perante um adversário que dos nossos tiros falhados de longe construía contra-ataque.
Esta é uma nova realidade à qual temos que nos adaptar a todos os níveis, a nível mental, temos de cumprir as instruções e acreditando que nos podemos superar. A nível do basquetebol jogado conseguir escolher melhores tiros, termos mais iniciativa no 1x1 e no interior, e não andarmos obcecados em criar os nosso tiros mas sim fazer com que a equipa crie o melhor lançamento possível.
Todos os momentos têm de ser encarados como uma possibilidade em aberto, uma aprendizagem a reter, uma necessidade de nos superarmos… Às vezes é preciso bater de frente primeiro, para perceber que aquele não é esse o caminho.
Luís Araújo
Parciais: 29-11; 24-20; 17-16; 13-05
Marcha: 29-11; 53-31; 70-47; 83-52
Galitos: Pedro Seabra (2), Matthew Moreira (3), Hugo Verde, João Padilha (2), Marcelo Costa (3), Pedro Santos (13), Bernardo Fernandes, Miguel Oliveira (9), Ricardo Mendes (2), Diogo Sousa (6), João Paulo (4) e Bolon Sauané (8).
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