O Treinador dos Sub-16 Masculinos, Luís Araújo, perspectiva a participação da equipa na Fase Final Nacional no site da FPB
Luís Araújo leva Galitos à final-four de sub-16: «Queremos ser competitivos»
No início da época a equipa de Aveiro traçou uma série de objectivos a alcançar, que, como nos conta o treinador, não dependiam exclusivamente da presença na final-four de sub-16. Mas como isso acabou por acontecer, o grupo agora só pensa em “desfrutar” da experiência e praticar um basquetebol de qualidade. A prova disputa-se entre sexta-feira e domingo em Alfena.
Quais os objectivos da sua equipa para esta fase final?
- Os nossos objectivos foram traçados olhando para esta fase final como um desafio, colectivo e individual. O desafio que traçamos para a equipa são: sermos competitivos, mostrar que praticamos um basket com qualidade, desfrutar desta experiência e para ganhar temos de melhorar o nosso desempenho defensivo. Desfrutar da pressão é o nosso desafio máximo.
Tendo em conta os objectivos delineados no arranque da temporada, já esperava poder chegar a esta altura da época a pensar na conquista do título?
- Os objectivos foram traçados numa análise conjunta com os jogadores de forma a incluirmos os objectivos pessoais nas metas colectivas. Aquilo que assumimos não dependia exclusivamente de estar aqui e lutar pelo título. Pretendíamos melhorar individual e colectivamente, praticar bom basket e chegar onde a nossa qualidade nos permitisse. Tem sido uma época fantástica e surpreendente pela maneira como encaramos os desafios. Esta é mais uma óptima surpresa.
Sendo certo que preparar atletas para, futuramente, alinhar nos seniores deve ser a principal preocupação dos escalões jovens, acredita que formar a vencer é a melhor maneira de os motivar e os manter empenhados na modalidade?
- A nossa equipa tem tido uma dinâmica fantástica, muito empenho, treinar no limite, altíssima assiduidade, nomeadamente até conseguimos treinar de manhã antes de irem para as aulas. Além disso temos sido muito positivos perante as dificuldades. Não tenho dúvidas que esta motivação veio com as vitórias. Apesar de não ter sido uma obsessão ganhar, mantermo-nos a ganhar foi muito importante. Não é a única maneira de formar, nem de os manter empenhados, mas é uma parte importante.
Como caracteriza a realidade do basquetebol nacional na formação? Existem condições para melhorar os resultados das várias selecções jovens a curto-médio prazo?
- Acredito que o basquetebol nacional apresenta uma grande margem de progressão, mas infelizmente existem entraves, fundamentalmente ao nível da mentalidade. Há muita dificuldade em arriscar e mudar. O jogo mudou e a maioria dos treinadores não mudou com ele. O perfil dos jovens mudou, com as mudanças sociais, mas a forma de os conquistarmos no treino não mudou. Temos de nos adaptar e arriscar. Temos bons exemplos, quer de treinadores de clubes e de centros de treinos, são esses que devemos observar e com eles aprender. Podemos melhorar os resultados das várias selecções mas apenas se conseguirmos que haja um forte poder de influência sobre os treinadores.
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Labels: Entrevista, Sub-16 Masc. A
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