P Á G I N A S

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Folque em discurso directo...

Treinadores Galitos: Quando iniciaste a pratica do basquetebol?
Folque: Não sei ao certo, mas penso que foi há cerca de 4 anos. Já realizei uma temporada nos Iniciados B, duas nos Iniciados A e este é o meu 4º ano.

Treinadores Galitos: Porque escolheste esta modalidade?
Folque: A minha preferência ao princípio foi o Futebol. Estive no Beira-Mar, mas acabei por me chatear com um Director. Esta situação levou-me a sair do Futebol e a optar por praticar Basquete. Pode ter contribuído para esta decisão o facto do meu pai ter jogado esta modalidade quando tinha a minha idade, mas assim que comecei a jogar e a perceber o jogo de Basquetebol ficou claro na minha cabeça que era aquilo que eu queria.

Treinadores Galitos: Porquê o clube dos galitos?
Folque: Escolhi o Galitos porque era o clube perto de minha casa e era também, de longe, o que oferecia melhores condições. Hoje posso dizer que não troco o Galitos por nada. É lá que tenho os meus colegas, as minhas bolas, os meus balneários…; já é como uma casa!

Treinadores Galitos: Qual o exemplo que gostarias de seguir e porquê?
Folque: Optando por um exemplo mais perto de mim, escolho com certeza o do João Santos. Quando era mais pequeno ia ao Galitos ver a equipa de Juniores A da altura que era onde ele jogava. Ele era incrível e despertou em mim ainda mais interesse pelo Basquete. Lembro-me muitas vezes de ir ao pavilhão de propósito só para o ver jogar. Depois ele começou a jogar no Aveiro Basket e mostrou que era capaz de ser jogador da Liga Profissional. Acabou por ir para a Oliveirense, onde não o podia ver tantas vezes. Hoje em dia é o meu treinador-adjunto! Para surpresa minha, ele começou a treinar a minha equipa de Iniciados A do ano passado juntamente com o Brito, e juntos proporcionaram-me os melhores momentos de Basquete da minha vida. Em pouco tempo, o João ensinou-me muita coisa sobre esta modalidade e tenho orgulho em poder ser treinado por ele. É claro também, que se fosse o exemplo de um treinador, escolhia o Brito, pois foi o mais importante para mim até agora. Tenho pena de não o ter visto jogar muitas vezes.

Treinadores Galitos: Consegues conciliar o basquetebol com os estudos?
Folque: Até agora tenho conseguido conciliar ambas as coisas, mas as actividades escolares estão a tornar-se cada vez mais exigentes, o que leva a que me tenha de esforçar mais. Neste aspecto o Basquete é importante e vantajoso, pois ajuda-me a passar um bom tempo a fazer o que gosto e dá também para espairecer um pouco. Não é difícil conciliar as duas coisas porque o Basquete não nos tira assim muito tempo, logo temos outras alturas onde nos podemos dedicar a escola. Para mim esta modalidade nunca vai ser um entrave para nada.

Treinadores Galitos: Quais as ambições para ti e para a tua equipa esta época?
Folque: Depois da grande e inesquecível época que tive no ano passado, vai ser difícil fazer melhor. Mas o nosso objectivo é mesmo esse, fazer melhor. Em primeiro lugar interessa-nos garantir a realização da fase final distrital em nossa casa, e é para isso que estamos a trabalhar. Depois queremos ganhá-la! Tendo o título distrital garantido é ir jogando jogo a jogo, sempre a dar o máximo, e ir vendo no que dá. Quanto mais longe melhor, e como diz o outro ‘O limite é o céu. ‘

Treinadores Galitos: O que sentiste quando foste convocado para a selecção regional?
Folque: Senti-me muito orgulhoso quando recebi a carta para ir aos treinos da selecção. Vi o meu trabalho reconhecido e depois trabalhei para lá ficar. Acabei por ser o último a sair. Fiquei muito desiludido e, de certo modo triste, mas não deixou de ser uma boa experiência. O que acabou por ser importante foi o facto de no final da época ter sentido que fui importante e que ajudei a minha equipa numa época que nunca vamos esquecer. Isso sim valeu a pena.

Treinadores Galitos: Qual o momento mais marcante no teu percurso desportivo?
Folque: Sem dúvida, a última época, por muitos motivos. A equipa era espectacular e todos os atletas eram amigos uns dos outros. Os treinadores eram novos, mas desde cedo ganharam a nossa confiança e admiração. Tive os treinadores mais importantes até agora. Senti-me, pela primeira vez, jogador de Basquete. Estivemos perto duma época invicta a nível distrital (só não a conseguimos por culpa própria). Fomos pela primeira vez campeões distritais. Continuou tudo a correr bem e apurámo-nos para a Final 6, depois de um grande jogo contra o Gumirães. Em Faro, passaram-se os momentos mais marcantes do meu percurso desportivo, e apesar de não termos ganho, foi memorável. Fomos VICE-CAMPEOES NACIONAIS!

Treinadores Galitos: Que mensagem gostarias de deixar aos teus colegas de equipa?
Folque: Gostava de lhes pedir para estarem concentrados e para fazerem o seu melhor na tentativa de ajudarem a nossa equipa. Nunca ninguém vos vai pedir mais do que aquilo que podem dar, portanto dêem tudo o que têm!

1 comentário:

  1. Olá Folque:

    Ao ler a tua entrevista senti muito orgulho em poder conviver com um grupo de jovens atentos e inteligentes, que também nos ensinam muito a nós dirigentes.
    Quando dizes que
    "Hoje posso dizer que não troco o Galitos por nada. É lá que tenho os meus colegas, as minhas bolas, os meus balneários…; já é como uma casa!"
    ,podes ficar consciente que estás a responsabilizar-mo-nos ainda mais a todos, para que nunca sintas o contrário e que tu e os teus amigos possam sempre ter as condições ideais para a prática da modalidade neste clube.
    Gostei das tuas referências a dois jogadores que deixaram a sua marca em Aveiro e que hoje são dois jovens treinadores com muita experiência e dedicação para transmitir e dar.
    Não te admires um dia de os veres outra vez a encantar por esses pavilhões fora, jovens como tu pois ainda têm muito para dar à modalidade...
    As tuas palavras também são motivadoras para eles que têm a sorte de contar com atletas como tu...
    Uma época plena de sucessos desportivos e pessoais para ti e para os teus companheiros.

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